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segunda-feira, 26 de março de 2012

Bahia sedia o 7º Encontro Nacional da CUFA

A Central Única das Favelas (CUFA) realizará na cidade de Salvador, na Bahia, a sétima edição do Encontro Nacional. O evento, que acontecerá nos dias 29/03 a 01/04, no Anfiteatro Prof. Alfredo Thomé da (Antiga) Faculdade de Medicina da Bahia/ UFBA, Largo do Terreiro de Jesus (Centro Histórico), contará com a presença de representantes das CUFA’s dos vinte e seis estados e o Distrito Federal.
O objetivo principal do encontro anual é planejar e discutir as ações da instituição que serão realizadas em 2012, possibilitando que as bases da CUFA espalhadas pelo Brasil tenham oportunidade de relatar suas ações do ano anterior e trocar experiências.
Na ocasião, serão debatidas medidas para colaborar com o desenvolvimento das favelas e periferias do Brasil e do mundo, além de proporcionar aos participantes a possibilidade de dialogar e materializar ações através do esporte, arte, cultura, turismo, trabalho e ações de prevenção da violência em suas diversas expressões.
A rede CUFA BR iniciou em 1998 por jovens do Rio de Janeiro se vascularizou por todo o Brasil e visa articular projetos, ideias e políticas públicas com os diversos movimentos existentes em cada região.
A principal missão da CUFA é funcionar como um polo de produção cultural e de distribuição de oportunidades para os jovens, particularmente, negros e residentes em favelas por meio de projetos e ações promovidas nos campos da educação, esporte, cultura, cidadania e desenvolvimento humano.

quarta-feira, 21 de março de 2012

NOTA À IMPRENSA E AOS AMIGOS


NOTA À IMPRENSA E AOS AMIGOS

Caros amigos,
Gostaria de esclarecer os lamentáveis fatos que envolveram o meu nome e o de minha família, hoje, na imprensa. E salientar que a partir de amanhã (21/03) estarei disponível para falar pessoalmente sobre todos os fatos que relato a seguir:



Infelizmente, minha irmã sofre, já há alguns anos, de um grave problema de saúde. Não são raras crises psicológicas, que nos trazem, como família, grande preocupação e mau estar.



Ontem (segunda), no fim da manhã, fomos informados que essa nossa irmã estava sofrendo de uma uma dessas crises. Imediatamente, saímos, eu e minha outra irmã, Kamila, para socorrê-la e trazê-la de volta para casa, coisa que fizemos por volta de 11 horas. Saliento que os filhos dessa minha irmã enferma, de 10, 13 e 15 anos, moram comigo desde que nasceram, fato que me traz imensa satisfação.



Pois bem, em determinado momento do dia, precisei me ausentar (tive que levar minha sobrinha, filha dessa minha irmã, à UPA da Cidade de Deus) e ela aproveitou para sair novamente, à revelia, de nossa casa. De forma desequilibrada, ficou andando pela Cidade de Deus e, depois, foi à delegacia, contar o fato que nunca existiu, e que hoje permeiam as páginas da imprensa. Esse delírio foi confirmado por ela mesma, que depois de mais calma, voltou à mesma delegacia para desmentir (fato que pode ser confirmado pelas autoridades policiais, certamente).



Nesse instante, nossa família já estava desesperada, atrás novamente de seu paradeiro. Quando a localizamos junto com a mãe, e juntas retornaram a minha casa. Gostaria de dizer que eu e nem minha família estamos preocupados com a repercussão desse caso, que trata-se, nada mais, nada menos, que um drama familiar. Minha única preocupação, hoje, é com meus sobrinhos e com a plena recuperação da saúde de minha irmã. Estive hoje na delegacia para contar a versão verdadeira do caso. Me apresentei de forma espontânea, sem ser intimado. Fiz porque entendo ser importante esclarecer tudo o que aconteceu, inclusive para o bem dela. Quero, na verdade, pôr um ponto final nessa triste história.





Ainda hoje (dia 20/3) levarei minha irmã a um médico especializado para tratamento específico a sua enfermidade. Ela ter aceitado ir voluntariamente para nós já é uma grande vitória. Minha vida, como todos sabem, sempre foi um livro aberto, especialmente no que diz respeito a não-violência e pelo social. Mas demorei um pouco para escrever esta nota porque ela envolve um drama familiar e a exposicao das crianças. A final minha irmã é dependente e muitas vezes incapaz, tanto assim que cuido desde o nascimento de todos os seus filhos. Não houve agressão alguma e ela esta agora com as crianças sob meus cuidados.





Compreendo quem, sem saber da verdade, acabou me julgando e, até, me condenando. Mas sugiro que todos saibam o que realmente aconteceu, que lembrem da minha trajetória, e que nunca, jamais, faria mal a uma pessoa, ainda mais minha irmã, que tanto amo e cuido. Entendam: ela precisa de tratamento.

lamento ter esse tipo de exposição sem fundamento mas que sirva de exemplo sobre os problemas que as famílias precisam enfrentar para cuidar dos parentes que precisam de amparo.



Forte abraço em todos,



MV Bill e família