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quinta-feira, 10 de março de 2011

Mulher...mesmo com lutas dia 8 é o teu dia

 Oito (8 ) de março....
Dia de lembrar das mulheres de uma maneira especial, pois todos os dias devem ser dias de todas as pessoas! Porém o Dia Internacional da Mulher não é simplesmente um dia para celebrar as vitórias das mulheres, os lugares na sociedade que conseguimos ocupar: Supremo Tribunal Federal, Governo, Presidente de Empresa, etc.

Enquanto portas ainda permanecem fechadas para a mulher; enquanto a mulher ainda ganha menos pelo mesmo trabalho do homem; enquanto mais que 50% das mulheres brasileiras são vítimas de violência em casa, não há razão para celebrar.

A memória de 8 de março nasceu em homenagem às mulheres que lutaram por seus direitos dentro de industria de produção de têxteis em Nova Iorque. Elas apanharam da polícia quando manifestaram nas ruas por melhores salários melhores e condições dignas de trabalho.

Em 1857, um incêndio iniciou dentro de uma fábrica e 129 mulheres não puderam escapar da fumaça e das chamas, pois os responsáveis pela empresa haviam trancado as portas de emergência para proibir que as pessoas tomassem intervalos para fumar, tomar um cafezinho ou ir ao banheiro. Nunca foi comprovado se o incêndio teve o propóstio de punir as manifestantes e "matar" esta luta pelos direitos, mas muitos afirmam que a demora em abrir as portas não foi um acidente.

Foram tantas conquistas e lutas que a partir de 1922, o Dia Internacional da Mulher passou a ser celebrado oficialmente no dia 8 de março.

É o Dia Internacional da Mulher- de todas as mulheres. Porém, dentro de "todas as mulheres" há uma parcela desconhecida e até ignorada: a mulher encarcerada.

Seis por cento da população prisional no Brasil é feminina. Pesquisas têm mostrado que 95% destas mulheres são vítimas de violência em algum momento de sua vida.
Quando questionadas sobre quem são e o que querem desta vida, as mulheres na prisão um vez responderam:
"Nós temos nomes- Adriana, Fabiana, Maria e mais. Somos mães, donas do lar e trabalhadoras, e temos sentimentos como qualquer outra pessoa. Não somos anti-sociais- os dias que temos que ficar presas, que sejam uma melhoria para nós. Queremos liberdade, e que a sociedade quando a gente sai- que dê emprego, que dê chance. Lá fora deste presídio, queremos um lugar para morar sem medo; queremos carinho e dignidade."

Segundo o censo penitenciário do Estado de São Paulo (2002), 86% delas são mães. A maioria quer um mundo diferente e melhor para os filhos, mas não sabe como chegar fazê-lo.

Muitas mulheres entram no crime através do parceiro, namorado ou marido. Ou porque ela está junto na hora do crime, ou porque ela está abandonada pelo parceiro, e deixada para criar e sustentar os filhos (que ela não gerou sozinha) e não vê saída.

Na sua maioria abandonadas dentro das penitenciárias, presidios, cadeias, por seus parceiros, pela sua família e nós sociedade hipocrita ainda fechamos as portas para estas mulheres que conforme a lei já cumpriram sua pena e merecem uma segunda ou terceira chance.

Comparando com o homem encarcerado, a mulher é totalmente abandonada, banheiros inadequados, etc outros.

Vamos celebrar as conquistas,, mas mais importante ainda- vamos lembrar as derrotas e sonhar com o dia em que não haverá mais derrota, o dia em que o mundo será mais justo para todas e todos.

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